Esse artigo tem como proposta de trabalho discutir qual tem sido o papel do/a professor/a de História nas turmas de sexto ano dos Anos Finais do Ensino Fundamental quando se deparam com o fato de alguns estudantes não estarem plenamente alfabetizados e apresentarem dificuldades de ensino/aprendizagem. Nosso objetivo é refletir como o ensino de História Medieval pode ser trabalhado de forma inclusiva, na perspectiva das múltiplas aprendizagens, e ao mesmo tempo auxiliar no processo de alfabetização dos estudantes que chegaram ao sexto ano do ensino fundamental sem concluírem o processo de alfabetização e letramento. Este trabalho está embasado nos estudos desenvolvidos por Soares (2020) sobre alfabetização; Rocha (2020) sobre letramento histórico; Mattos e Castro (2011) sobre a metodologia da pesquisa etnográfica em Educação; Freire (1989) sobre a importância do ato de ler, entre outros autores. Para também fundamentar a discussão no campo do Direito, abordaremos, como marcos legais, a BNCC e os Parâmetros Curriculares de Pernambuco (2019). Neste sentido, propomos com essa pesquisa estruturar possibilidades que auxiliem ao professor/a de história trabalhar o letramento histórico auxiliando no processo de alfabetização utilizando o Medievo como o tema chave dessa dinâmica, respeitando o que está proposto na BNCC e no Currículo de Pernambuco Anos Finais do Ensino Fundamental, fazendo das aulas de história um espaço mais inclusivo, tanto para os que não estão plenamente alfabetizados, como para aqueles que tenham algum déficit de aprendizagem e precisam de atividades adaptadas para compreenderem melhor os conteúdos abordados.