Objetiva-se relatar a experiência de uma mestranda em Saúde Coletiva exercendo participação, com diversos segmentos da sociedade, na formulação de propostas para a saúde das mulheres a serem implementadas como políticas públicas nos municípios do Ceará. Para tanto, foi adotada uma abordagem qualitativa do tipo relato de experiência. O mestrado em Saúde Coletiva, comprometido com a transformação social, oportuniza espaço para um diálogo multiprofissional na construção de políticas voltadas para promoção da saúde das mulheres e impulsionou o desejo em participar dessa experiência proposta pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP), evento intitulado Oficina de Construção da Política Estadual de Saúde da Mulher. Na ocasião, foram discutidos temas relevantes para a saúde da mulher e foram propostas oficinas, organizadas em grupos de ações, para debater e subsidiar a construção da política estadual no âmbito da saúde das mulheres. Participando do grupo de Prevenção e Controle do Câncer de Colo Uterino e Mama, foi importante discutir ações que estão sendo desenvolvidas e/ou precisam ser implementadas, fortalecidas e ampliadas, considerando que o Sistema Único de Saúde (SUS), oferece acesso aos serviços de saúde a todas as mulheres, levando em conta condições sociais, econômicas, culturais e afetivas, independente da orientação sexual ou identidade de gênero, dentre eles mamografia, papanicolau, planejamento familiar e atenção humanizada durante o parto. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher afirma o compromisso com a implementação de ações referentes à saúde das mulheres ligadas à questões reprodutivas e sexuais, como também a aspectos socioculturais. Nesse contexto, nos fundamentamos nos estudos de autoras como Cecília Minayo, Jacqueline Pitanguy e Ana Cristina d'Andretta Tanaka. A relevância desse trabalho destaca a importância da participação da sociedade como caminho para promover mudanças, fortalecer a cidadania, empoderar indivíduos e grupos.