O presente trabalho consiste em um relato de experiência, a partir das vivências, discussões, leituras e aprendizados construídos enquanto mestrandos no Programa de Pós-graduação em História, Culturas e Espacialidades (PPGHCE) da Universidade Estadual do Ceará (UECE), especificamente na disciplina obrigatória de Teorias e Metodologias da História, ministrada no primeiro semestre do curso. Neste trabalho unimos duas pesquisas situadas na linha de Poder, Memórias e Instituições. Onde a primeira, busca apresentar narrativas de milagres, a partir do uso de águas medicinais no Cariri cearense, por recomendação do Padre Ibiapina nos oitocentos (1868-1870). Assim, busca-se entender o local e contexto regional em que se deu, tratando o espaço como campo de prática religiosa que fazem parte de uma cultura representada principalmente pelos aspectos religiosos da cultura popular. O segundo ensaio tem como objeto de estudo as práticas médicas executadas no final do período colonial pelo Dr. João Lopes Cardoso Machado, entre 1779-1821, período em que residiu na Capitania de Pernambuco até o fim de sua vida. Buscamos reconstituir o que significava ser médico e exercer a medicina oficial na América Portuguesa, bem como que impactos esse ofício produziu na sociedade colonial da Capitania de Pernambuco e suas anexas como a também Capitania do Siará Grande, elegendo a trajetória singular de João Lopes como um fio condutor para se conhecer e pensar o período.