Este ensaio apresenta concepções e reflexões sobre o ensino da pessoa surda na EJA, a partir do relato de experiências vivenciadas durante o Estágio Supervisionado em Educação Especial, com alunos surdos. O estágio se deu durante o Curso de Licenciatura em Letras-Libras da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, foi realizado com alunos surdos da 3ª etapa da EJA, em uma escola pública sediada em Belém do Pará, com carga horária total de 100 horas por semestre letivo, com uma carga horária destinada a observação e outra à regência. O estágio supervisionado configura-se de grande importância para a formação do futuro professor, pois é neste momento que o discente tem a oportunidade de relacionar teoria e prática, e instiga o discente a pensar sobre seu ser profissional e o que isso vem a significar, tendo em vista que a docência é prática, sair das teorias e ir vivenciar a prática da docência, contribui com o saber técnico prático Amparados pela Lei 10.436/2002, as ponderações do presente estudo buscam trazer indagações quanto a inserção da Libras no meio educacional voltado para o ensino de jovens e adultos surdos. Além disso, objetiva-se também apresentar propostas para o ensino de jovens e adultos surdos, inseridos na EJA. Para tanto apoia-se nos autores, Lev Vygotsky, Tatiana Lebedeff, Sueli Campello, Donis Dondis de modo a estruturar a intervenção realizada no estágio, por meio de práticas de letramento visual capazes de contemplar o público surdo na EJA, e através de tais contribuições, estreitar os caminhos entre a educação de surdos e ouvintes, promovendo assim equidade para esse público.