De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) saúde é definida como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença. E por saúde mental, entende-se como a capacidade de alcance de bem-estar cognitivo, comportamental e emocional, no qual o indivíduo é capaz de usar as próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com sua comunidade, sendo capaz, inclusive, de aproveitar a vida e alcançar um equilíbrio entre as atividades pessoais, laborais e suas emoções. Desse modo, falar de saúde mental não está relacionado somente às questões biológicas e sim às outras dimensões que integram a discussão, ou seja, os aspectos sociais, psicológicos, políticos e culturais. Considerando estes aspectos o objetivo deste estudo consiste em compartilhar os resultados de um projeto de iniciação científica e dois projetos de extensão desenvolvidos no contexto do Baixo Amazonas, no Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). O referencial teórico se circunscreve no campo de estudos em Educação, dialoga com referenciais teóricos de diversas áreas de estudo, em particular da Psicologia, Saúde, Antropologia e Sociologia considerando a heterogeneidade de cenas, contextos e sujeitos que compõem o cenário da escola. Em termos metodológicos e epistemológicos trata- se de uma pesquisa que parte da perspectiva crítica, dialógica e interativa por considerar a escola/como espaço atravessado por diferenças e diversidades, contradições e possibilidades. A metodologia adotada é de abordagem qualitativa, considerando o uso da etnografia das cenas do cotidiano escolar e universitário na forma de diário de campo e uso de diversos instrumentos: observação participante, realização de rodas interativas e análise dos dados descritos nos diários de campo considerando os aspectos relacionados à saúde mental e suas intersecções com os marcadores sociais da diferença.