Este texto tem por objetivo apresentar as atividades desenvolvidas em 2019 no Grupo de Estudos realizado no contraturno de um Colégio de Aplicação de Minas Gerais, junto aos estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental, com o intuito de analisá-lo a partir da perspectiva do Modelo dos Campos Semânticos (MCS), desenvolvido pelo educador matemático Romulo Campos Lins (1955-2017) . Como base epistemológica, esse estudo compartilha ideias da teoria Histórico-Cultural como fundamento para o processo de aprendizagem dos estudantes. Sendo assim, a Zona de Desenvolvimento Proximal, de Vygotsky, é vista como um vínculo entre as relações sociais e o desenvolvimento da autonomia dos estudantes. Por meio de explicações e diálogos entre estudantes e professores e a realização das atividades propostas nos encontros do Grupo de Estudos de Matemática, percebe-se que há o desdobramento da produção de significados. A intenção, portanto, é explicitar uma multiplicidade de processos de produção de significados matemáticos dos estudantes e da professora, em que as interações acontecem entre os pares e que há uma ampliação de leitura e troca de experiências através das diferenças. O objetivo da pesquisa é, a partir dessa leitura crítica, restabelecer o Grupo de Estudo em 2024 junto ao Programa de Residência Docente da UFJF. A partir da perspectiva de assumir o MCS, como teoria dessa pesquisa, este diálogo suscita a possibilidade de uma Educação Matemática fomentada como espaço de aprendizagem, em que a multiplicidade é desejada no processo de produção de significados.