Este artigo apresenta parte das reflexões empreendidas, ainda que inicialmente, na pesquisa de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Maranhão - UFMA. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com a tentativa de se conceituar a categoria juventude, partindo da análise da categoria juventude enquanto categoria social, que permite abordar a pluralidade enquanto unidade social pelo fato de terem pontos congruentes em um ou mais aspectos. Ao longo das últimas décadas a definição de juventude vem ganhando novas abordagens, ultrapassando o enquadramento de indivíduos em faixas de idade, comumente encontrado nas bases normativas e nos fundamentos dos principais órgãos a nível mundial e nacional sobre juventude. Este estudo tem inicio com a reflexão em torno do conceito das abordagens socioculturais, pelo entendimento de que a categoria juventude não pode ser definida isoladamente, mas a partir de suas múltiplas relações e contextos sociais, atentando-se para além das similaridades que compõem os jovens, enquanto sujeitos das diferenças sociais que se estabelecem e alteram todo o cenário da juventude contemporânea brasileira. O texto está organizado em três seções: a primeira problematiza o conceito de juventude; a segunda aborda as principais bases normativas e, a terceira apresenta o entrelaçar do conceito com as categorias juvenis. Concebe-se, diante do estudo, a noção de juventudes, no plural, a fim de ressaltar a diversidade, ou ainda, a multiplicidade de modos de ser jovem existente na contemporaneidade. Trata-se de considerar as juventudes brasileiras, em que os sujeitos sociais apresentam trajetórias e percursos de vida distintos, marcados pela heterogeneidade de seus contextos de vida, com especificidades e experiências construídas a partir dos espaços, tempos e contextos em que vivem.