Este artigo apresenta a experiência deste pesquisador como professor na Escola Municipal Anísio Teixeira, em Niterói, enquanto atuava em uma turma de primeiro ano do Ensino Fundamental, durante o ano letivo de 2021, no contexto pandêmico de retomada das atividades escolares presenciais. O texto inicia com uma breve introdução sobre esse período histórico de reabertura das escolas municipais após um fechamento completo de quase um ano, seguido de uma seção em que se realiza uma fundamentação teórica acerca dos conceitos de alfabetização e letramento de Soares (2009) e Letramento Racial Crítico proposto por Ferreira (2015), importantes para a compreensão da experiência na qual o projeto foi executado. Posteriormente é feita uma contextualização sobre a história da personagem-título deste artigo e do projeto, Ná Agontimé, mesclada com o relato da experiência evocada no título, articulando a teoria com a realidade vivenciada visando a construção de uma prática de educação antirracista. A seguir, apresenta e analisa a recepção por parte dos docentes envolvidos na realização desse projeto, que atuavam com turmas de primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental, e o impacto desse trabalho como estratégia fomentadora de uma educação interdisciplinar antirracista. O texto finaliza com algumas considerações finais acerca desse processo de produção, reflexão, leitura e escrita.