O presente artigo relata a pesquisa teórico-prática de um projeto desenvolvido dentro de um programa chamado Selo anti-racista desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Fortaleza que consiste em estimular as escolas municipais a desenvolverem práticas anti-racistas durante o ano vigente. A partir disso, o autor deste artigo desenvolveu práticas artísticas decoloniais com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental em escolas públicas, local que atende um público majoritariamente residente da periferia, onde, historicamente, residem as pessoas que mais sofrem do racismo estrutural. Se faz importante desenvolver projetos decoloniais no espaço escolar para que alunos, professores e demais colaboradores da escola entendam em que contexto a história é contada e como a alienação de uma identidade cultural e social é geradora de preconceitos. Entende-se como político e crítico o pensamento decolonial, além de necessário, principalmente, dentro do ambiente escolar com todos que a compõem. A partir disso, o projeto torna-se interdisciplinar quando dialoga com os demais conteúdos convergentes da temática (de)colonial. Estão envolvidos no projeto professores das áreas de Matemática, Ensino Religioso e História, a fim de pluralizar e tornar eficiente o ensino-aprendizagem. Espera-se que este projeto incentive os alunos a questionar narrativas eurocêntricas, vivenciar e gerar o sentimento de pertencimento cultural e social e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como respeito e empatia, para o convívio em sociedade.