Quando se fala em ensino de História, o livro didático se torna um material amplamente utilizado pelos professores, pela autonomia e pela praticidade que oferece no dia a dia. Ademais, apesar do LDH oferecer conteúdos acessíveis e que vão de acordo com a BNCC, ele não deve ser a única fonte a ser utilizada em um ambiente escolar. O professor deve se utilizar de outras fontes, como os documentos históricos, sejam eles iconográficos, textuais ou de outro gênero, os quais possibilitam que os estudantes questionem e participem, efetivamente, da construção do conteúdo que está sendo abordado. Contudo, o uso de documentos primários em sala de aula não deve ser o de prova do que está sendo narrado pelo professor, ele deve ser apresentado de maneira que os estudantes possam coletar as informações que lhes viabilize produzir o conhecimento escolar, bem como estabelecer a relação entre o passado e o presente. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo discutir a importância do uso de diversos gêneros documentais no ambiente escolar, com o intuito de que os estudantes possam ter mais autonomia na construção do conhecimento histórico, procurando trabalhá-los como fontes de informação para a construção do conhecimento e não como provas. Para desenvolver o debate, o presente trabalho tem como base as discussões historiográficas acerca do ensino de história na sala de aula, com embasamento teórico em autores como Pereira e Seffner (2008), Lara Silva (2008) e Verena Alberti (2019) que apresentam diversas maneiras de se trabalhar as fontes. A pesquisa revela que trabalhar as fontes em sala de aula permite que o aluno tenha maior participação e desenvolva pensamento crítico acerca do que está sendo apresentado, como também faz com que ele perceba todo o processo com o qual um documento histórico se torna uma fonte de conhecimento do passado.