Diante da diversidade de vocábulos existentes na língua portuguesa, percebe-se que os jovens, na sua criatividade e na grande necessidade de se comunicarem, criam e recriam seus vocabulários frequentemente. Neste sentido, esta pesquisa visa saber se o uso das gírias sofrem variação na fala de adolescentes se consideramos os fatores sociais: sexo e procedência (zona urbana e zona rural) utilizadas por estudantes de duas escolas do ensino básico, ambas referem-se aos alunos da 1° série, uma é a Escola Estadual de Ensino Médio Antônio Brasil localizada na zona urbana e a outra é a Escola Estadual de Ensino Médio Ana Rosa Moraes Maciel localizada na zona rural no município de Tomé-Açu. A pesquisa tem como objetivo geral, verificar se o uso das gírias resulta em variações do tipo diafásica e diastrática. A discussão foi embasada teoricamente por estudiosos que abarcam estudos sobre a Sociolinguística, Variação Linguística, preconceito linguístico e as gírias, tais quais, Labov (2008, 2020), Bagno (2000), Bortoni-Ricardo (2004), Calvet (2002), Tarallo (2000), Alkmin (2001), Preti (2004), entre outros. Através desta pesquisa, buscou-se coletar as gírias mais usadas por tais estudantes da primeira série do ensino médio de duas escolas públicas, por meio de um questionário composto de 15 perguntas, o qual foi respondido por 40 alunos. O trabalho é de abordagem qualiquantitativa. Por meio da análise das respostas dos questionários foi conhecido o vocabulário utilizado pelo público alvo. A partir disso, evidenciou-se que as gírias usadas em sala de aula pelos alunos em relação ao sexo e a procedência apresentaram variação. Já as gírias usadas na escola por homens e mulheres da zona urbana apresentou variação ao contrário da zona rural analisado nesse fator.