As reformas educacionais implementadas durante a Primeira República (1889-1930) representam um marco crucial na construção do sistema educacional brasileiro que conhecemos hoje. Ao analisarmos esse período de transformações, podemos compreender não apenas a estruturação do ensino, mas também as correntes de pensamento que o moldaram e continuam a influenciá-lo até os dias atuais. A fim de realizar uma análise histórica do contexto educacional nos últimos anos da Primeira República, este trabalho se concentra no período entre 1911 e 1930, examinando três reformas promovidas: Rivadávia Corrêa (1911), Carlos Maximiliano (1915) e João Luiz Alves - Rocha Vaz (1925) assim este trabalho tem como objetivo analisar o impacto dessas reformas, destacando suas políticas, tendências e transformações no cenário educacional brasileiro da época e para alcançar esse objetivo, foi adotada uma abordagem de pesquisa histórica, utilizando análise documental e revisão bibliográfica como principais métodos.. Através dessa análise, discutiremos as propostas de cada reforma e as correntes de pensamento que nortearam as ideias de cada reformador. Para tanto, utiliza-se como aporte teórico os apontamentos de Jorge Nagle, acerca da educação e sociedade no período, estes nos auxiliam a compreender de forma ampla os desafios enfrentados, as tendências observadas e as mudanças ocorridas no âmbito da educação durante esse período histórico. A partir disso, compreende-se que tais reformas não se detinham apenas a mudanças curriculares, estas funcionaram como catalisadoras de debates sobre os rumos da educação brasileira. As críticas à rigidez curricular, à centralização do poder e à falta de autonomia dos professores ecoaram por diversos setores da sociedade, impulsionando a busca por alternativas mais eficazes e justas. Embora as reformas educacionais da Primeira República tenham sido alvo de duras críticas na época, elas paradoxalmente abriram caminho para a construção de um novo modelo educacional. Através do ciclo de reflexões, reconstruções, alterações e revogações, as reformas estimularam debates cruciais sobre o papel do Estado na educação, abrangendo temas como acessibilidade, qualidade e justiça no ensino. Com isso, compreendemos que esse movimento de reformas da Primeira República lançou as bases para o sistema educacional brasileiro que se consolidaria na Era Vargas. Apesar das diferenças de contexto que já se acentuavam e dos novos desafios enfrentados pelo país na década de 1930, as reformas deixaram marcas importantes na educação varguista, influenciando diretamente na educação que se constitui a partir desse período.