Este trabalho abordará reflexões sobre o desenvolvimento infantil, com ênfase em uma perspectiva histórico-cultural. Nesse prisma, a criança se desenvolve através da interação com o meio social e cultural, baseada em concepções dialéticas. O objetivo é refletir sobre as contribuições da Psicologia Histórico-Cultural para o desenvolvimento de crianças na escola. A metodologia foi baseada em uma revisão integrativa de literatura e um relato de experiência. Os dados foram analisados com base na análise de conteúdo, sistematizados em três categorias: internalização, mediação e ZDP. Os resultados apontaram alguns conceitos da Psicologia Histórico-Cultural que contribuem para a prática na educação infantil, como a internalização. Essa perspectiva entende que ao internalizar cultura, o conhecimento promove transformação da consciência da criança, que ocorre da dimensão interpsiquica para intrapsíquica, dialeticamente. Outro conceito basilar é a mediação, que evidencia o papel do professor como facilitador do conhecimento. Na relação com as crianças, o educador vai investigar o conhecimento cotidiano, que ela constrói no dia-a-dia para que, a partir desse, possa favorecer estratégias de construção e mediação do conhecimento cientifico. Neste processo, o professor-mediador vai intervir na ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal), que a relação entre o que a criança já sabe fazer sozinha e o que ela pode fazer com auxílio de outro mais experiente. Na experiência vivenciada, identificamos a importância de reconhecermos o desenvolvimento potencial da criança, como estratégia para promover a aprendizagem. Por fim, consideramos a relevância da articulação teoria e prática, com vistas de promover um desenvolvimento global e uma educação transformadora para nossas crianças.