O (NÃO)LUGAR DA LITERATURA INDÍGENA NO LIVRO DIDÁTICO: UMA PESQUISA DE AÇÕES AFIRMATIVAS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA Maria Missilene Cardoso Lima Mestranda, pelo Mestrado ProfLetras UECE (ORIENTADORA)Jaquelânia Aristides Pereira Pós-doutora, Educação Brasileira UFC RESUMO: O ensino de Literatura nos anos finais do ensino fundamental tem despertado bastante debates entre os professores de Língua Portuguesa. Isso ocorre em larga medida pelo fato da Litertura não ter ganhado ainda um lugar definido no ensino da língua materna e nos livros didáticos do EF. Quando se trata de promover o letramento literário para a formação de um leitor crítico, multicultural e reflexivo, capaz de vivenciar a força humanizadora da literatura, não se tem muita definição sobre o papel da escola nessa formação. E quando se trata das literaturas de autorias indígenas, nota-se o seu apagamento constante, apesar da Lei 11.645/2008 que determina a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena” no currículo oficial de ensino. Esta pesquisa em estado inicial objetiva entender qual o espaço e como é o tratamento dado as literaturas indígenas no livro didático da coleção Se liga na Língua, da editora Moderna, destinado ao Ensino Fundamental, anos finais, do 6º ao 9º ano de 2024, utilizada pela rede municipal de Fortaleza. Como metodologia foi feito um estudo documental com as legislações e documentos curriculares como a Lei nº 11.645/2008 que altera a Lei 10.639/2003 e a BNCC. Também serão realizadas pesquisas de campo, através de aulas-oficina e questionários com estudantes e professores (as) da educação básica. O trabalho se fundamenta principalmente em autores como Cosson(2016) sobre o letramento literário, nos estudos críticos da literatura indígena, a partir dos estudos de Thiél (2012). Como resultado parcial, a pesquisa aponta para o enriquecimento das reflexões sobre o letramento literário e o ensino da literatura indígena na escola.