O Transtorno Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que aponta as seguintes características: déficit de comunicação, interação social, interesses e atividades atípicas, além de movimentos estereotipados, dentre outros. No Brasil foi criada a Lei 12.764 que estabelece a Política Nacional dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista que prevê saúde e proteção integral às pessoas com este espectro, por isso, um diagnóstico de TEA possibilita a garantia desses direitos e abre caminhos para acesso as melhorias na qualidade de vida. A ampliação do acesso à informação, aumento de profissionais especializados e mudanças nos critérios de diagnósticos, são fatores que propiciam o diagnóstico tardio, contudo, ainda é inexplorado os desafios enfrentados durante o período pós diagnóstico. Dessa forma, o presente estudo visa conhecer os impactos do diagnóstico tardio em pessoas com autismo dentro da literatura já existente. Além disso, objetivou-se identificar as possíveis comorbidades causadas pelo diagnóstico tardio de autismo, apontando os possíveis prejuízos no desenvolvimento acadêmico e profissional e por conseguinte, analisar como a desinformação e o capacitismo impactam na aceitação do diagnóstico. Diante disso, este estudo configura-se como uma pesquisa qualitativa e exploratória, realizada através da técnica de revisão bibliográfica. Foram consultadas as bases de dados Google Acadêmico e Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando os descritores "autismo", "diagnóstico tardio" e "prejuízos". Assim, espera-se que esta pesquisa ajude a entender os efeitos do diagnóstico tardio de TEA e a desenvolver estratégias para minimizar os prejuízos, promovendo maior inclusão para as pessoas com autismo.