O presente artigo está pautado na análise da Lei 10.639/2003 e sua aplicação no ensino básico, no contexto das dificuldades apresentadas para metodologicamente abordar os assuntos da cultura afro-brasileira no currículo. Propõe uma análise histórica da trajetória da educação na sociedade brasileira e da exclusão dos afrodescendentes no ambiente escolar, ou até mesmo do mencionar deste conteúdo nas salas de aula. Não é uma luta recente, e a lei é um dos mecanismos de resistência, cuja aplicação na realidade escolar atual cresce de forma lenta. Por isso, serão analisados a lei e seus vestígios históricos, bem como as dificuldades e facilidades que o docente encontra na ministração desta temática no ensino básico, especificamente no ensino de história. Um exemplo é o livro didático, que muitas vezes traz uma perspectiva única, sem interação e interdisciplinaridade. Desse modo, como embasamento teórico, teremos a contribuição dos autores Silva (2016), sobre o ensino de história e a cultura afro-brasileira no currículo escolar, e Almeida (2016), com a perspectiva da implementação da Lei 10.639/2003. Portanto, a lei supracitada surge como um dos meios para romper com esse silêncio e apresentar a temática da história afro-brasileira, propondo rupturas no campo curricular, epistemológico e metodológico na ministração do ensino e aprendizado.