Este estudo investiga os desafios e as possibilidades de acompanhamento cognitivo e psicomotor de crianças com microcefalia, focando na inclusão educacional. A problemática central reside nas dificuldades enfrentadas pelas escolas públicas em adaptar suas infraestruturas e capacitar profissionais para atender essas crianças de maneira eficaz. O objetivo geral foi analisar, com base na literatura científica, os desafios e possibilidades de acompanhamento dessas crianças, visando uma educação inclusiva e de qualidade. A metodologia adotada foi qualitativa, baseada em pesquisa bibliográfica e documental, incluindo a revisão de artigos científicos, livros, dissertações e legislações relevantes. Os resultados indicam que as escolas enfrentam uma carência significativa de recursos materiais e humanos necessários para a inclusão adequada de crianças com microcefalia, como a falta de infraestrutura adaptada e a ausência de formação específica para os educadores. Além disso, a implementação de políticas públicas de inclusão ainda é deficiente, necessitando de maior investimento e comprometimento estatal. Ressalta-se a urgência de políticas públicas eficazes que promovam a formação contínua de educadores e a adequação das escolas. A pesquisa destaca a importância de uma abordagem interdisciplinar, integrando saúde, educação e assistência social, para oferecer um suporte abrangente às famílias e crianças afetadas. Ademais, é enfatizada a necessidade de investimentos estatais para a implementação de programas e estratégias inclusivas, conforme os princípios da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI). Em síntese, a pesquisa ofertou uma descrição dos desafios enfrentados e propôs soluções práticas baseadas em uma revisão abrangente da literatura, chamando à ação escolas, profissionais de educação e o Estado na construção de um ambiente educacional inclusivo e equitativo.