Esse artigo é um recorte de uma pesquisa realizada através de entrevista semiestruturada, que busca analisar qualitativamente respostas de mães de pessoas autistas em idade escolar no que diz respeito à forma como enxergam a ludicidade na educação infantil. As entrevistadas são associadas da FAZ (Associação Fortaleza Azul) localizada na cidade de Fortaleza no Estado do Ceará. O questionário contempla quatro sessões intituladas: I) “Conhecendo seu filho(a)”, que abrange aspectos gerais, como idade, formação familiar, entre outros; II) “Sobre o autismo”, que busca saber se os alunos possuem acompanhamento multidisciplinar, a frequência, além de questões que relacionadas à presença de sensibilidade sensorial e alimentar, uma vez que interferem no comportamento do indivíduo em todos os aspectos da vida; III) “Sobre a escola”, indagou a série que o aluno está cursando, se é alfabetizado, se demonstra gostar da escola. No artigo, a terceira sessão não será analisada profundamente, pois foge ao objetivo principal e é tema de outra proposta; IV) “Sobre o brincar”, questionou se o aluno gosta de brincar, se seus pais brincam com ele ou perto dele, quanto tempo ele costuma brincar, se os responsáveis acham importante que ele brinque. Como última questão: O que é brincar para essa família. Os resultados revelaram que a maioria das crianças autistas prefere brincar com eletrônicos e que muitos pais não participam ativamente das brincadeiras, percebendo a diversão como o principal objetivo do brincar. Considerando essa resistência da maioria dos autistas em brincar, o quanto essa prática é importante e um direito de todas as crianças, será elaborada uma cartilha para incentivar e ajudar esses pais a oferecerem momentos de criatividade, concentração, ensino, entre outros benefícios na vivência de atividades lúdicas entre família e filhos, de forma que possam contribuir ainda mais como agentes de desenvolvimento na vida de seus filhos.