Este artigo abordar o processo social de implantação de jardim de infância no Estado do Maranhão no período de 1870 a 1930). Essa temática surgiu a partir de conhecimentos debatidos no grupo temático de História da Infância maranhense do Grupo de Estudos e Pesquisas Infâncias e Brincadeiras – GEPIB vinculado a Universidade Federal do Maranhão. Objetivou-se analisar e interpretar diferentes fontes que ajudassem a identificar as diferenças na implantação de jardim de infância no território maranhense. Partiu-se do pressuposto de que o surgimento do jardim de infância no contexto maranhense ocorreu como parte da divisão social das escolas para crianças menores de sete anos, sendo a divisão marcada pela oposição e tensão entre os grupos sociais que esse setor enfrentava. Utilizou-se o estudo bibliográfico e documental de jornais e revistas encontrados nos acervos do arquivo online da Biblioteca Benedito Leite, entre eles: Pacotilha, Diário de São Luís, O Combate, O Jornal, Notícias, bem como jornais educativos, leis, diretivas, mensagens de governo. O estudo de autores como Del Priore (2004), Kramer (2003), Rizzini (2008) e Tavares (2018) nortearam esta pesquisa. O Jardim de Infância Rosa Nina e o Jardim de Infância Decroly, ambas instituições privadas, destacam-se neste estudo, confirmando o seu carácter especial na comunidade devido ao envolvimento dos assistentes sociais que lidam com questões educativas no seu tempo. No âmbito de instituições públicas a criação do jardim de infância público tornou-se uma realidade depois de muito anseio social. Ao apresentar o processo de construção dessas instalações, espera-se contribuir com a história da educação no Maranhão e dos serviços escolares para crianças menores de sete anos na capital do Estado do Maranhão.