O presente artigo traz o estudo teórico sobre relação de trabalho e vivência da mulher, a partir da complexidade do capitalismo que intensificou a precariedade e a sobrecarga das mulheres. A pesquisa se fundamentou nos artigos e livros dos autores contemporâneos Antunes, (2008) Saffioti (2015) Iaconelli (2023) e Evaristo, (2021). Dentro da interdisciplinaridade, cada autor(a), a partir das vivências como sociólogo, professora, psicanalista e escritora traz uma prática reflexiva sobre a realidade socioambiental da mulher emergida na desqualificação, adoecimento mental, racismo e violência patriarcal. O presente artigo tem como objetivo, compreender as transformações na vida e na relação de trabalho da mulher, a partir do advento capitalista. Esse, marca dentre outros, a separação e distanciamento do ser humano com a natureza, e a cosmovisão ocidental em que a mulher, submissa ao homem, torna-se por “natureza” apenas reprodutora social. Dentro de uma cultura privativa que alimenta o capital como mais-valia, o não reconhecimento das atividades domésticas e de criação, desenvolvidas pela mulher, como trabalho digno de remuneração fortalece a economia em detrimento da emancipação feminina. Em contrapartida, o homem, ser superior, “dono da verdade e do mundo” torna-se o produtor socioeconômico. Portanto, a pesquisa em tela de cunho bibliográfico, utilizou-se o estado da arte para elencar conceitos e buscar a compreensão sobre os marcadores de classe, raça e gênero no universo do trabalho e vivencia das mulheres, necessitando da complementação de uma pesquisa de campo para conclusão do mesmo. Neste contexto, infere-se que a feminização do trabalho, ainda não é considerada um mérito, uma emancipação, visto que há muito mais contradição, desregulamentação na relação de trabalho do que propriamente o reconhecimento à competência da mulher, nos mais diversos contextos socioambientais e educacionais.