O espaço escolar vem se imbuindo, cada vez mais, do compromisso com reflexões interdisciplinares acerca da dimensão ambiental e da forma como o ser humano se relaciona com essa. Ações e estudos pedagógicos requerem maior aprofundamento de diálogos envolvendo temas como, por exemplo, a crise climática e a desertificação que atingem a sociedade a partir da realidade construída e experenciada. Nessa perspectiva, considera-se que a Educação Ambiental e o fazer pedagógico são potencializados ao se conectarem com as percepções dos/as educadores/as sobre seus espaços de vivências, que para fins deste trabalho, foi voltado ao Semiárido e a interlocução com a educação ambiental-florestal, tendo nas escolas um intermediador desse percurso. Nesse sentido, o objetivo deste artigo foi analisar a percepção dos profissionais da educação básica, sobre o Semiárido, como parte integrante da sua atuação e de possíveis intervenções para a preservação e conservação ambiental. Para tal, foi realizada uma pesquisa qualitativa, com 129 educadores/as de diversas áreas do conhecimento, que responderam as seguintes questões: Para você, é possível afirmar que existe floresta no Semiárido?; e ainda: Olhar para a Caatinga, é olhar para uma floresta?. Ambas, com justificativa para as respostas. Na primeira questão 75 % afirmaram que sim; 09 % disseram que não; e 16 % indicaram não saber opinar a respeito. Na segunda questão 64 % afirmaram que sim; 24 % consideram que não; e 12 % não souberam opinar. Concluiu-se que a percepção em torno do Semiárido e da Caatinga ainda carece de olhares mais integradores sobre a sua paisagem e riquezas naturais, o que deve ser considerado fator relevante na construção de práticas ambientais e pedagógicas, ao tempo em que se faz necessária a adoção de uma visão que amplie e fortaleça as potencialidades educacionais, humanas, do sentimento de pertença, implementadas pela EA, fundamentais a sustentabilidade.