A filosofia Reggio Emiliana vem encontrar pouso no interior de Pernambuco no ano de 2021, assim como na cidade italiana em meio à crise do pós guerra. A Escola Professora Luzinette Laporte de Carvalho surge num momento de crise pandêmica, quando emerge a necessidade urgente de pensar e repensar o modelo de sociedade vigente, a ideologia dominante do capital, o cuidado com o meio ambiente dentre outros temas. Considerando que a escola precisa ser ressignificada, a experiência italiana vem ganhar espaço na rede de ensino do município de Garanhuns-PE, propondo a transformação da escola com novos paradigmas, com a participação da comunidade do entorno escolar, e o respeito inegociável aos tempos e pluralidades da infância. Neste trabalho buscamos discutir como o modelo pedagógico de Reggio Emilia foi implantando no chão da escola pública, e suas devidas adaptações para romper com o modelo de escola tradicional, unilateral, hierárquica, onde o centro do processo é o professor, efetivando uma educação que se dá ênfase a transformação e emancipação das crianças. Não por acaso foi escolhida a pessoa da professora Luzinete Laportte, ex-professora e escritora, que nos empresta seu nome e a história, de Lúcia, “A menina que falava com as Coisas”, uma menina que além de dialogar com elementos da natureza possui um desejo de transformar o mundo em um lugar de harmonia e bem viver. Assim a escola reafirma como centro do processo de ensino-aprendizagem a criança e suas “Cem linguagens” como propõe Loris Malaguzzi, efetivando o que diz a BNCC e o Currículo de Pernambuco na busca do protagonismo infantil. Traremos como metodologia para o estudo, a abordagem qualitativa, observando a documentação pedagógica das turmas de pré-escola, pautando as contribuições do processo criativo através das expressões artísticas para o desenvolvimento integral das crianças.