O presente estudo reflete sobre o papel central da educação e do trabalho na formação e evolução do ser social ao longo da história humana, através da análise das diferentes fases históricas, desde o período primitivo até a Idade Contemporânea. Ancorada no materialismo histórico dialético, a pesquisa tem como base teórica obras de Engels, Marx, Mészáros, Ponce e outros pensadores que discutem não apenas como o trabalho moldou o ambiente natural, mas também como desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da consciência humana e na configuração das estruturas sociais. Aborda-se a transição da educação ligada diretamente ao processo produtivo para a institucionalização da escola separada do trabalho, bem como os efeitos da divisão de classes na sociedade. No contexto brasileiro, são examinados aspectos da industrialização tardia e da influência do imperialismo, apontando para as desigualdades socioeconômicas e educacionais que persistem até os dias de hoje. O estudo enfatiza a urgência de uma educação pública emancipatória como instrumento de resistência e luta contra-hegemônica, visando a garantia dos direitos e da dignidade da pessoa humana. Conclui-se ressaltando a importância do acesso igualitário ao trabalho e da valorização da educação pública como caminhos para uma sociedade mais justa e inclusiva. Destaca-se também a necessidade de programas que garantam o acesso e a permanência dos filhos da classe trabalhadora na escola, além de oportunidades de ingresso no mundo do trabalho e prosseguimento dos estudos após a conclusão da educação básica.