O desenvolvimento da autonomia no aprendizado de uma língua estrangeira desde a infância é um tema atual que coloca cada estudante como responsável pela própria aprendizagem. Logo, temos um indivíduo, que vai aprender uma língua estrangeira numa sala de aula em interação com outros estudantes e o professor. Esta pesquisa bibliográfica tem como objetivo principal investigar de que maneira a autonomia na aquisição de língua estrangeira pode ser pensada dentro das perspectivas do sociointeracionismo de Vygotsky e da psicanálise de Freud e Lacan. Abordamos os conceitos de autonomia, sujeito, língua e linguagem e interação nas duas perspectivas teóricas. Exploramos o ensino-aprendizagem de língua estrangeira com foco na autonomia do aluno, trazendo o exemplo da sala de aula autônoma de Leni Dam e acentuando a importância da língua materna no ensino de língua estrangeira. A presente pesquisa trouxe como conclusão a necessidade de se colocar a autonomia em discussão por meio da visão psicanalítica, a partir de autores que estudam a aquisição de língua estrangeira nessa linha de investigação como Melman e Revuz. Ambas as perspectivas abordadas trazem contribuições importantes, mas ainda há a necessidade de mais estudos sobre autonomia com foco nas especificidades de cada estudante e na maneira como cada um exerce controle sobre a própria aprendizagem, levando-se em conta questões colocadas pela noção de inconsciente, mais especificamente pelo corpo do sujeito.