Educação e Memória(enquanto categoria histórica) estão estritamente relacionadas ao processo de aprender, seja no âmbito da educação formal ou informal, pois as possibilidades de vivenciar o mundo ultrapassam os saberes curriculares escolar oriundo de um campo de disputa do conhecimento humano acumulado daquilo que se pretende guardar e fazer-se ser lembrado. Partindo do pressuposto epistemológico de que há outros lugares de memória, além da curricular, parto das minhas experiências como sujeito-andante-pesquisador da história da educação para refletir sobre a constituição desses lugares os entendendo também como local de “contra memória” oficial, são: casas museus, arquivos familiares, tradições orais, dente outros. Nesse sentido, tomo nota de minhas experiências de jovem pesquisador na área da pesquisa em pequenos fragmentos de diário de campo rememorando sujeitos, arquivos e afetos nesta caminhada breve, como quando na minha pesquisa da graduação uma “velha” com Alzheimer se tornou sujeito de pesquisa que evoca suas memórias e se mostra uma guardiã dos saberes populares, das cantigas de rodas e dos saberes “místicos no interior do Piauí; e, quando adentro no universo das memórias da inundação da cidade de Nova Iorque-MA sua educação e cultura escolar e toda sua materialidade documental. Diante das notas apresentadas é preciso entender esses lugares como um fragmento da história que se fez conservar ao longo do tempo, um monumento daquilo que deveria ser lembrado como prática e representação (Chartier, 1990), e questioná-los como locais de produção de não silenciamentos.