A Psicomotricidade Relacional é uma metodologia que proporciona um espaço de legitimação dos desejos e dos sentimentos no qual o indivíduo pode se mostrar na sua inteireza, com seus medos, desejos, fantasias e ambivalências, na relação consigo mesmo, com o outro e com o meio, potencializando o desenvolvimento global, a aprendizagem, o equilíbrio da personalidade, facilitando as relações afetivas e sociais. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência desenvolvida a partir da vivência da Prática Profissional em Psicomotricidade Relacional do curso de Formação e Especialização em Psicomotricidade Relacional promovido pela Faculdade de Tecnologia do Instituto Paranaense de Pesquisa e Ensino em Odontologia e pelo Centro Internacional de Análise da Relação. A vivência aconteceu numa Escola Municipal de Ensino Fundamental em um bairro da zona sul da cidade de João Pessoa-Paraíba. Ao todo, foram realizadas 20 sessões de Psicomotricidade Relacional, cada uma com duração de uma hora, com uma turma do 1° ano em 2023 e com a mesma turma, sendo 2° ano em 2024, da Educação Infantil. Cada sessão foi composta por quatro partes: Ritual de Entrada, Atividades Sensório-motoras, Relaxamento e Ritual de Saída. Foram utilizados os chamados materiais clássicos da Psicomotricidade Relacional que são: bolas, cordas, bambolês, bastões (flutuadores usados em piscina), tecidos, caixas de papelão, jornal e paraquedas. Esses materiais possuem conteúdos reais, pedagógicos e conteúdos simbólicos que surgem à medida que o grupo transfere seus afetos positivos ou negativos para esses objetos, que possuem também as características de serem mediadores das relações humanas. Ao fim do estágio, foi possível observar que as crianças evoluíram no aspecto da socialização no que se refere às interações afetivas e obtiveram um melhor controle da agressividade. A professora da sala de aula relatou que as crianças estavam mais disciplinadas, concentradas e que percebeu melhorias no processo ensino-aprendizagem.