Na contemporaneidade, o debate em torno da descolonização dos saberes e práticas tem se mostrado cada vez mais relevante no campo da educação e das artes. Nesse contexto, a integração da educação e da arte Apinayé emerge como um potencial contribuição para uma estética decolonial. Os Apinayé, povo indígena que habita regiões do estado do Tocantins, apresentam uma rica tradição cultural que se manifesta por meio de suas práticas educativas e expressões artísticas. Este estudo objetiva-se discutir sobre como a integração desses dois domínios pode não apenas preservar e valorizar a cultura Apinayé, mas também promover uma ruptura com os padrões coloniais e eurocêntricos de educação e arte. Por meio da mediação intercultural, busca-se compreender como essa integração pode criar espaços de diálogo, reconhecimento e respeito mútuo entre diferentes perspectivas e saberes, contribuindo assim para a construção de uma estética decolonial mais plural e inclusiva. A pesquisa, de teor qualitativo e interdisciplinar, realizada a partir dos critérios da pesquisa bibliográfica ancorada em Severino (2001); Fazenda (2001); Miranda; Silva (2018), Severino (2001), Gil (2002), baseando-se em teóricos importantes nas discussões da temática, como Nimuendaju (1937;1983), Da Matta (1976), Albuquerque, (2007), Albuquerque; Almeida (2019), entre outros. Os resultados permitem afirmar que a integração da educação e da arte Apinayé apresenta potencial significativo para contribuir com uma abordagem decolonial no contexto educacional. Através da análise das práticas educativas e expressões artísticas do povo Apinayé, observa-se que essa integração não apenas fortalece e preserva a cultura indígena, mas também desafia as estruturas coloniais e eurocêntricas dominantes na educação e na arte. Além disso, os resultados sugerem que a mediação intercultural desempenha um papel fundamental nesse processo, promovendo o diálogo e o entendimento entre diferentes perspectivas culturais.