O racismo é presente nas instituições sociais brasileiras, sendo representadas através de ações excludentes e expressões que desfavorecem as pessoas pela cor da sua pele ou outras características físicas. Os jovens negros são marcados pelos desafetos e exclusões provenientes de uma cultura eurocentrada, minimizando os seus saberes e a sua história. Compreendemos que alguns avanços ocorreram para reduzir as ações racistas e excludentes no contexto educacional, como: a existência da lei 10.639/2003, a lei 12.711/ 2012, a lei 11.645/ 2008, a lei 14.532 (inclui a injúria racial na Lei de Crimes Raciais). Desta maneira, este trabalho tem como objetivo geral: Analisar a configuração do racismo na construção da exclusão social do jovem brasileiro nas escolas. Para alcançar o objetivo pretendido, primeiramente pesquisamos trabalhos acadêmicos, documentos e legislações educacionais que dialogam sobre o racismo e o processo de exclusão da juventude brasileira, bem como nos fundamentaremos teoricamente nas obras dos autores Moura (1988), Munanga (1996), Gomes (2005), Fanon (2008), Dayrell (2007). E em seguida, identificamos e argumentamos sobre alguns fatores que marginalizam a juventude brasileira. Diante dos resultados obtidos, compreendemos que mesmo com os avanços legais no cenário social e educativo ainda é pertinente a existência de ações, práticas e vivências racistas que excluem os jovens negros das instituições de ensino. Assim, a evasão desses jovens do ambiente escolar pode ser reflexo da desarticulação das práticas pedagógicas com as suas necessidades e anseios. E também pela ausência da aplicabilidade das leis que asseguram trabalhar a cultura, a história, as artes e os fazeres afrodescendentes nas instituições de ensino.