Este estudo trata do relato de uma experiência desenvolvida com professoras de uma escola pública municipal, em um bairro periférico da cidade de Belém, Pará, Brasil. A atividade é parte de ações formativas propostas pelo projeto de extensão “Bora lá: Educação Matemática para professores e alunos dos anos iniciais”, do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas (PPGECM) da Universidade Federal do Pará (UFPA), que oferta ações de formação continuada para escolas públicas de ensino fundamental (1º ao 5º ano) em Abaetetuba, Belém e Bragança com temáticas de interesse dos docentes no que diz respeito ao ensino-aprendizagem-avaliação de matemática. A ação consistiu em uma oficina com sete professoras dos anos iniciais do ensino fundamental da escola de E. M. E. I. F. Amália Paugarten, com o uso de material dourado para o ensino-aprendizagem-avaliação das operações matemáticas. A fundamentação teórica é centrada no uso de materiais manipuláveis no ensino da matemática. Todas as professoras participaram ativamente, mostrando-se motivadas e interessadas na elaboração das operações com o material dourado. Nesse ponto, seis delas sentiram-se muito motivadas a participar da oficina, enquanto apenas uma sentiu-se razoavelmente motivada. Com relação à aplicabilidade em sua sala de aula do que foi abordado na oficina, seis delas apontaram-na como muito aplicável, e somente uma considerou-a razoavelmente aplicável. Diante destes aspectos, o uso do material dourado, na visão das educadoras, surge como possibilidade no processo de ensino-aprendizagem-avaliação das operações matemáticas, e, mesmo diante das dificuldades da realidade escolar em um ambiente de periferia, é possível utilizar ferramentas pedagógicas que viabilizem a inclusão de todos os estudantes, independentemente das limitações físicas, mentais e cognitivas, para uma aprendizagem significativa.