Este trabalho apresenta uma investigação bibliográfica que pretende apontar as circunstâncias das violências motivadas por questões de gênero em contexto escolar fazendo uma análise de como essas violências reverberam em adoecimento mental precoce em crianças e adolescentes. Apresenta como horizonte de referência, tanto marcos legais sobre a preservação da infância no que diz respeito às violências de gênero, a exemplo do Programa Brasil Sem Homofobia, a Lei Maria da Penha, as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos e o Plano Nacional de Educação, quanto fundamentos teóricos sobre o adoecimento mental em crianças e adolescentes em contexto escolar. Utilizamos uma metodologia de pesquisa mista, envolvendo tanto a coleta de dados estatísticos e quantitativos quanto a coleta de dados empíricos e qualitativos apanhados na construção de nosso corpus de análise, que vem a ser artigos científicos originários dos bancos de dados “Scielo” e “B-On” publicados nos últimos 10 anos reunidos a partir dos descritores “criança”, “escola”, “saúde mental”, “violências” e “gênero”. Tal investigação pondera sobre o crescente número de violências de gênero no contexto escolar, sua invisibilidade e silenciamento e a necessidade de empreender aquilo que denominamos ativismo pedagógico, considerado a partir da agência sobre as políticas de educação, as práticas educativas e os processos de socialização nas instituições escolares.