Intimidações, apelidos e agressões são recorrentes nas escolas brasileiras, com ênfase no público infanto-juvenil. Mascarado na palavra inglesa Bullying, com isso a discriminação vivenciada por estudantes são englobadas dentro deste termo, que de certa forma busca encobrir os crimes que de fato estas ações acabam culminando em um desgaste mental, baixa autoestima, dentre outros tantos problemas que podem ser acarretados com a exposição a este ato de violência, como o suicídio. O problema vem ganhando espaço nas discussões escolares e no debate nacional culminando na Lei nº 14811/2024, acrescentando o artigo 146-A no código penal. Nessa direção, esta pesquisa teve como objetivo de refletir juntamente com os estudantes dos 7º e 8º anos do ensino fundamental II, a problemática do Bullying, suas formas e como identificar situações no dia-a-dia escolar, através de uma oficina desenvolvida em uma escola pública de educação básica. A oficina foi desenvolvida a partir de questionamentos sobre o que os estudantes conheciam sobre o assunto, seguido de atividades de identificação de práticas de intimidação no contexto escolar, finalizando com uma dinâmica sobre sentimentos e emoções. Foi percebido o sentimento de angústia dos estudantes ao ouvirem sobre as situações que são caracterizadas como bullying. Este receio pode ser visto tanto nas palavras, quanto na ausência delas, neste sentido, houve necessidade intervenção das professoras presentes para apoiar a fala dos estudantes como forma de apoio. Assim, o presente trabalho revelou que esta temática necessita de maiores discussão e aprofundamento, visto que algumas situações foram tidas pelos estudantes como normal. Diante disto, é de suma importância que a família juntamente com a escola trabalhe com seus filhos e estudantes a necessidade de respeitar os demais e suas diferenças. Neste sentido, a escola mostrou-se com interesse em elaborar ao longo do ano atividades visando a diminuição das discriminações.