O presente trabalho é um recorte da pesquisa de doutorado em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade – PPGEDUC da Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Para o desenvolvimento do presente texto tomamos a municipalização da Educação Infantil em Salvador/BA como contexto social e político para discutirmos a política de valorização e as condições de trabalho das profissionais que atuam nos CMEIs. O objetivo é discutir em que medida ocorre às aproximações e os distanciamentos entre o que está escrito nos documentos norteadores da Educação Infantil Municipal de Salvador e o que é desenvolvido pelas profissionais que atuam como Auxiliar de Desenvolvimento Infantil – ADI. A opção metodológica é de natureza qualitativa de base etnográfica. As informações são coletadas com entrevistas, observações e análise de documentos. As reflexões se fundamentam a partir das contribuições teóricas de Santos (2017), Côco (2015), Campos (1994), Cerisara (2002), Rosemberg (2000), Hypólito (1991, 1997), Enguita (1991), Tardif e Lessard (2005). As hipóteses da pesquisa apontam que a atuação das auxiliares extrapolam as funções para as quais foram contratadas e que sua presença é imprescindível para o funcionamento das instituições. A falta de reconhecimento da importância do trabalho da auxiliar ocorre devido à forma de ingresso no campo de atuação com as crianças e pelas concepções que se tem sobre cuidados na Educação Infantil.