Este artigo discute a importância do ensino das ciências no contexto das relações étnico-raciais, destacando sua relevância para a promoção da igualdade e da diversidade nas salas de aula. Inicialmente, são apresentados os fundamentos teóricos que embasam a discussão, enfatizando a intersecção entre ciência, cultura e identidade. Em seguida, são abordadas práticas pedagógicas inclusivas que visam desconstruir estereótipos e preconceitos, promovendo uma educação científica mais plural e democrática. O artigo também analisa experiências educacionais bem-sucedidas que incorporam temas étnico-raciais no ensino das ciências, destacando os benefícios de uma abordagem interdisciplinar e contextualizada. Além disso, são discutidos os desafios enfrentados pelos educadores ao abordar essas temáticas, como a falta de materiais didáticos adequados e a resistência de alguns grupos sociais. Essa abordagem visa integrar conhecimentos científicos com aspectos socioculturais e históricos, promovendo uma compreensão mais ampla e significativa dos conteúdos. Por exemplo, ao estudar a genética humana, os alunos não apenas aprendem sobre genes e hereditariedade, mas também exploram como esses conceitos se relacionam com questões de diversidade étnico-racial e identidade cultural. Por fim, são apresentadas recomendações para aprimorar o ensino das ciências no que diz respeito às relações étnico-raciais, incluindo a formação continuada de professores, a revisão dos currículos escolares e a valorização do conhecimento tradicional e local. Conclui-se que a integração dessas perspectivas enriquece o processo educativo, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.