Dentre as muitas etnomatemáticas, escolhemos uma para discorrer mais detalhadamente, trata-se da etnomatemática do campo, atentando mais especificamente para o caso das medidas no campo. E na busca de compreender os saberes e fazeres matemáticos nas medidas do campo, envolvemo-nos em uma pesquisa de cunho qualitativo, caracterizada também como sendo de campo e tendo como técnicas para a obtenção de dados, tanto a entrevista, quanto às notas de campo. Ao discorrermos sobre o assunto, discutimos sobre a importância de incluir e valorizar em sala de aula de matemática da escola básica, outros saberes e fazeres matemáticos para além da matemática formal. Acreditamos que noções matemáticas utilizadas muito comumente no campo, algumas resultantes da fala do entrevistado, podem nos fazer refletir sobre o quão diversos são os saberes matemáticos. Assim, este estudo se revela como sendo demasiadamente importante, não apenas para tornar evidente a necessidade de valorização da cultura e saberes vindos do campo, mas também para apresentar uma possibilidade para professores refletirem sobre suas práticas e se motivarem a incluir noções matemáticas diversas em suas aulas, partindo do meio sociocultural que sua escola se insere de modo a se utilizar dessa diversidade como contexto para os conteúdos matemáticos estudados em sala de aula.