O Clube de Leitura Ubuntu é um projeto de extensão sediado no IFSP campus Matão desde 2019 e reestruturado durante a pandemia para acontecer virtualmente. Nos últimos anos, o Clube de Leitura Ubuntu tem recebido novos integrantes de diferentes lugares, idades e formações, em atividades que têm conseguido reunir cerca de 100 pessoas em cada encontro, realizando um trabalho de difusão, diálogo e debate de temas prementes da sociedade brasileira a partir da literatura de autoria negra brasileira e diaspórica. Acreditamos que a lei 13.696/2018, que instituiu o Plano Nacional de Incentivo à Leitura e como elas podem ser implementadas em práticas educativas não formais, pode nos ajudar a fortalecer a inclusão na escola. O presente trabalho é fruto das inquietações que reverberaram a partir da parceria com a Escola Municipalizada José de Anchieta no município de Queimados/RJ e o poder da leitura literária na formação de escritores entre os nossos alunos e alunas do ensino fundamental. Destacamos o atendimento educação educacional especializado às pessoas com deficiência e/ou transtornos na unidade escolar. A nossa experiência iniciada com as turmas na pandemia, tem como recorte a interação com a nossa aluna Ana Beatriz Brites Silva, uma pessoa com transtorno do espectro autista, que nos apresentava inúmeras vezes o quanto ela gostava de animais e leituras, Conhecendo o seu gato Guilherme e organizando as ações de atendimento a partir desse interesse, nasce o desejo de organizar os registros regulares sobre a relação com o gato e transformar em livro os relatos , a fim de que outras crianças também sejam tocadas e possam ver as suas potencialidades fomentadas na e pela escola. Doravante todo esse processo, nasce o livro infantil O meu gatinho amarelo, fruto de um financiamento solidário entre os/as docentes da escola, lançado como parte da abertura da semana de conscientização do autismo. O evento reuniu a comunidade escolar, parceiros de outras salas de recursos da rede municipal de ensino, familiares, cuidadores e a equipe da secretaria de educação responsável pela educação especial. Concluímos na perspectiva de que a inclusão pela leitora seja uma realidade e que muitas Anas floresçam cotidianamente nas escolas do nosso Brasil.