Este estudo propõe uma análise sobre a educação domiciliar como modalidade educacional, considerando sua crescente popularidade nos Estados Unidos e em outros países, inclusive no Brasil, considerando o conceito de avanço na educação básica que é multifacetado e pode ser interpretado sob diversas perspectivas, influenciadas pelos valores culturais, sociais e individuais. Busca-se questionar o que de fato constitui avanço na educação básica e como essa visão pode ser distorcida pelos seus defensores. Uma das questões centrais levantadas pela pesquisa diz respeito ao papel dos profissionais da educação nesse novo modelo, bem como às possibilidades de desenvolvimento social e cognitivo dos educandos na ausência de interação social. Metodologicamente, o estudo adota uma abordagem qualitativa, com revisão bibliográfica e análise documental, focando nas consequências imediatas e a longo prazo para os alunos, considerados o principal público-alvo e destinatários dessas novas abordagens educacionais. Os resultados revelam críticas ao ensino doméstico, especialmente no que diz respeito à negação dos direitos conquistados pelo movimento social em prol da educação pública de qualidade e significativa. Há preocupações com a possível ameaça que essa modalidade representa, destacando-se desvios de recursos e falta de acesso igualitário a todos os segmentos da sociedade. Ademais, discute-se a viabilidade do trabalho docente, alertando para a substituição desse grupo e para as consequências no âmbito nacional. Em suma, este estudo propõe uma reflexão crítica sobre a educação domiciliar, buscando compreender seus impactos e desafios, bem como suas implicações para a garantia de uma educação pública acessível e de qualidade para todos os cidadãos brasileiros.