Apesar dos avanços conquistados na educação brasileira, ainda nota-se diariamente casos de racismo estrutural e o seu impacto na permanência de jovens negros nas universidades. Esses dados podem ser observados por levantamentos feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Este trabalho tem por finalidade abordar os principais impactos que o racismo estrutural tem sobre os estudantes, tais como: evasão universitária e baixo rendimento dos acadêmicos; visa, ainda, falar sobre as perspectivas para a garantia à educação de qualidade para jovens negros. É uma pesquisa bibliográfica, de característica descritiva, com informações coletadas em livros, artigos científicos e dados de órgãos federais, além disso, tem como base teórica autores como os sociólogos Florestan Fernandes e Oracy Nogueira, e a filósofa Sueli Carneiro. Assim, pretende-se contextualizar as noções de fenótipo e genótipo, preconceito racial de marca e de origem. Oracy Nogueira (1950), diz que quando o preconceito de raça se exerce em relação à aparência, tomando por pretexto para as suas manifestações os traços físicos do indivíduo, a fisionomia, os gestos, o sotaque, diz-se que é de marca; quando basta a suposição de que o indivíduo descende de certo grupo étnico para que sofra as conseqüências do preconceito, diz-se que é de origem. Além desses conceitos, o estudo também pretende discutir sobre os Artigos 5º e 6º da Constituição Federal de 1988, e, a insuficiência de políticas públicas educacionais voltadas para pessoas negras. O racismo estrutural permeia a sociedade brasileira e se manifesta de diversas formas, inclusive na educação, portanto, é fundamental que haja uma discussão sobre o tema e que mais políticas públicas sejam criadas, a fim de fazer valer o que prevê a Constituição Federal de 1988.