A inclusão na escola contemporânea deve romper todas as concepções e paradigmas excludentes que perdurou décadas e que fizeram parte do processo de construção da educação especial no Brasil. Neste sentindo, para incluir os estudantes nas suas diferenças, a escola deve compreender as características idiossincráticas de cada sujeito, participando efetivamente no protagonismo e no desenvolvimento educacional e social. Para tanto o paradigma da inclusão, sob a égide do respeito às diferenças, compreende a escola na perspectiva inclusiva, pautada no acolhimento dos estudantes em suas diversidades, alicerçada na concepção do contexto histórico-cultural da diferença estabelecendo o modelo social da deficiência, conscientes que a deficiência é o resultado das barreiras sociais existentes no meio e não como limitação biológica ou adquirida da pessoa. De tal modo, o objetivo deste artigo é analisar os paradigmas históricos sociais da educação especial brasileira e os avanços na construção dos caminhos da escola na perspectiva inclusiva. Tendo o referencial teórico-metodológico baseado na abordagem qualitativa, de revisão bibliográfica e análise documental, apoiado nos documentos legais da legislação educacional brasileira (Brasil, 2012, 2013, 2015), e nos referenciais teóricos de Sassaki (1997, 2012), Cunha (2020), Mantoan e Lanuti (2023). Neste ínterim, os principais resultados evidenciaram-se, que, o paradigma da inclusão no aspecto da legislação educacional vem avançando significativamente, porém as barreiras atitudinais ainda é um fator limitante nos mais variados espaços da sociedade. A aplicabilidade da legislação vem subsidiando legalmente os direitos adquiridos das pessoas com deficiência, além de ser um dispositivo legal e encorajador às famílias e as instituições civis organizada para garantia ao acesso e permanência da PcD à escola comum. A formação continuada dos professores deve contemplar e fortalecer a concepção do modelo social em detrimento ao modelo médico.