As expressões usadas para designar as pessoas com deficiência passaram, ao longo do tempo, por modificações com a finalidade de se alcançar um modo respeitoso e digno de se referir a esse grupo de cidadãos, destacam-se algumas delas: incapazes, inválidos, portadores de deficiência e, atualmente, pessoa com deficiência. Uma das terminologias que foi amplamente utilizada foi a de “pessoas com necessidades especiais” que pretendia substituir o termo “deficiente” por “necessidades especiais”, baseada na justificativa de que era uma nomenclatura mais sutil, pois não dava ênfase ou precisão ao verbalizar a palavra deficiente. Nomenclatura que atualmente é rechaçada pelos movimentos de luta pelos direitos das pessoas com deficiência. A forma que o indivíduo é nomeado, diz respeito sobre como a sociedade o vê. A maneira como a linguagem é utilizada é complexa e vai além da escolha de simples substantivos, verbos e adjetivos ela influencia as práticas sociais. Neste contexto, tem-se o seguinte problema de pesquisa: quais as terminologias utilizadas para abordar a inclusão nas produções científicas na área da educação no Brasil nos últimos 10 anos? Diante disso, a pesquisa tem como objetivo analisar as produções científicas de 2012 a 2022 para compreender as diversas nomenclaturas utilizadas para se referir as pessoas com deficiência relacionando suas perspectivas de Educação e Inclusão. Levando em consideração a natureza do estudo aqui proposto a metodologia terá abordagem mista, pois contará com análise estatística de dados qualitativos não estruturados e será composta por pesquisa documental, revisão sistemática da literatura e análise de conteúdo dos dados qualitativos não estruturados através do Iramuteq. Por se tratar de uma pesquisa em andamento, os resultados parciais apontam para o crescente uso da terminologia pessoas com deficiência nas pesquisas, mas ainda existem trabalhos publicados com uso dos termos pessoas com necessidades especiais, deficientes, necessidades especiais e portadores de deficiência.