A dislexia, afeta habilidades básicas da leitura e da linguagem, sendo considerado um transtorno específico de aprendizagem com sintomas que prejudicam o avanço acadêmico dos estudantes. Levando em conta as principais evidências o atraso no desenvolvimento da fala, dificuldade na compreensão de textos ou na forma de se expressar, entre outros fatores como discalculia, disgrafia, disortografia, podem acompanhar a dislexia e indicar a presença de algum transtorno do neurodesenvolvimento mais amplo. Os pais devem ter em mente que o problema não está na escola, nem no professor, mas há uma peculiaridade no aluno. Não podemos dispensar o laudo, sendo um documento de comprovação. Conseguir o laudo, através de uma consulta com o neurologista é uma maratona. Levando em conta que o Sistema Único de Saúde, que atende as classes mais humildes, também é precário. Para o discente disléxico não basta o laudo e fazer uso de medicamentos básicos. O disléxico precisa de uma equipe multidisciplinar, que envolvem vários profissionais, principalmente fonoaudiólogos. Muitos familiares e a própria escola protelam a busca de um diagnóstico, devido ao fato de não haver comprometimento físico visível na aparência do aluno, como no caso de algumas síndromes. O adiamento sucede também porque os alunos mais humildes das escolas públicas não encontram um ambiente motivador para a leitura e a escrita, gerando uma dúvida entre as condições sociais e um possível caso de dislexia. As escolas que vão receber os alunos disléxicos devem estar preparadas. Os professores, não somente das classes de alfabetização, devem ser capacitados e integrados. A dislexia é uma das maiores causas da evasão nas escolas. Imaginem ser um Profissional da Educação lotado em uma escola pública, justamente situada em uma localidade complexa, no Jardim Catarina, em São Gonçalo e ter vários casos de disléxicos, um trabalho dobrado.