Este artigo é fruto da experimentação de três licenciandos do curso de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro em dois programas de incentivo à docência, entre os anos de 2018 e 2024: o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) e o Programa de Residência Pedagógica (PRP). A intenção é apresentar uma reflexão baseada na vivência prática de sala de aula a respeito de como que tais projetos contribuem para a formação docente, descrevendo a experiência dos licenciandos e apontando seus aprendizados ao longo da prática pedagógica. Acredita-se ser indispensável os cursos de licenciatura darem ênfase aos programas acadêmicos orientados para a formação docente. Os mesmos possibilitam aos estudantes vivenciar práticas essências que proporcionam um complemento fundamental na formação, um fato constatado nas experiências empíricas dos bolsistas. Tal estudo se encaixa em uma análise etnográfica realizada em uma escola pública na comunidade da Mangueira, na cidade do Rio de Janeiro. Foi observado que a estrutura dos projetos de fomento à formação docente proporciona aos licenciandos pedagogias ativas que se distanciam dos estágios supervisionados obrigatórios, limitados a observação e caracterizados pela ruptura no processo de continuidade. Logo, é viável a realização de uma pesquisa-ação, possibilitando que os licenciandos obtenham contato com os estudantes, tracem estratégias que se adaptam a diferentes turmas, realizem projetos interdisciplinares e trabalhem na confecção de planos de aula, posteriormente executados, alcançando resultados efetivos, além de assumirem contato com os novos documentos oficiais da educação, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).