Neste artigo objetivamos refletir sobre as concepções de deficiência que moldam as práticas pedagógicas e suas consequências para o trabalho com autistas na escola. Os resultados são de uma pesquisa em formação realizada pelo Laboratório de Educação Inclusiva – LEdI/UDESC em 2022, que teve o contexto de uma ação de extensão na modalidade à distância, com profissionais da educação básica do sul do Brasil, desenvolvida na plataforma Moodle do CEAD/UDESC, a qual teve como técnica de coleta de informação um questionário respondido por N=141 profissionais da educação sobre a concepção de deficiência no estágio da pré-formação. Nesta investigação foram identificadas distintas concepções sobre o que é deficiência variando nos conceitos caritativo, biomédico e social. Esses resultados, a partir do aporte teórico dos Estudos da Deficiência, trouxeram elementos para as discussões abordadas nesse texto. Nesse sentido, os dados obtidos serviram para discutir sobre a consequência dessas concepções nas práticas pedagógicas para autistas desenvolvidas pelos professores das escolas. Esperamos que este artigo possa provocar reflexões sobre a prática dos profissionais da educação básica, possibilitando sua autorreflexão e adoção de atitudes pautadas na ética do cuidado, de práticas anticapacitistas e promotoras de cidadania.