A presente pesquisa tem como objetivo analisar à luz das categorias argumentativas um excerto de atividade de um livro didático de língua portuguesa no tocante ao estudo do gênero propaganda e suas construções argumentativas a partir das diretrizes do Novo Ensino Médio. A argumentação, enquanto ação dialógica, torna-se premente no contexto de sala de aula do educando ao perceber a importância do ato de perguntar enquanto ação emancipadora para a reflexão crítica-construtiva do conhecimento. Assim, parte-se do pressuposto que a argumentação é inerente à língua, ou seja, faz parte de sua estrutura na construção de enunciados e sentidos. Dessa forma, ao analisar as categorias argumentativas discorridas por Ninin (2013), ressalta-se a importância em trabalhar com a argumentação em sala de aula, seja em textos orais ou escritos, tendo como mote o gênero propaganda vislumbrando propor uma reflexão crítico-argumentativa mediante o ato de perguntar. Utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica. O estudo fundamentou-se nos estudos sobre as categorias argumentativas apresentadas por Ninin (2013) e a argumentação escolar na visão Leitão & Damianovic (2011), como também as reflexões sobre o texto publicitário discorridos por Medeiros (2008). Dessa forma, partindo do pressuposto de que a argumentação e o jogo de sentidos são elementos predominantes no referido gênero como em outras estruturas discursivas da nossa língua portuguesa em seu uso cotidiano, verifica-se, assim, que o arcabouço teórico-metodológico presente na argumentação possibilita no contexto escolar construir análises interpretativas que subjaz ao discurso e as intenções implícitas e explícitas dos sujeitos nos diversos espaços sociais, interacionais e dialógicos. Por fim, a argumentação passa a ser utilizada como teoria que proporciona a compreensão das atividades de produção textual com base para sustentação das atividades de leitura, escrita e produção textual permanente nas aulas de língua portuguesa da educação básica.