O presente estudo objetiva-se em analisar como a interação digital influencia a construção do self sob uma perspectiva psicanalítica. Busca-se explorar a relação entre identidade digital e real; investigar o papel do narcisismo e da busca por validação nas redes sociais; examinar as consequências da imersão em realidades virtuais para a integridade do self; e avaliar o impacto da presença digital na saúde mental. A relevância deste estudo reside na sua capacidade de desvendar as implicações psicanalíticas da interação humana em um espaço digital cada vez mais onipresente. A centralidade hipotética deste estudo postula que a interação em redes sociais e ambientes digitais provoca uma reconfiguração significativa do self. Propõe-se que, nesses ambientes, os indivíduos não apenas projetam uma versão idealizada de si mesmos, mas também enfrentam desafios únicos relacionados à autopercepção e à identidade. Através da metodologia de pesquisa bibliográfica embasada na teoria da complexidade de Edgar Morin e uma abordagem qualitativa; para o arcabouço teórico, foram pesquisados artigos científicos, no scielo, livros, dissertações e revistas cientificas para embasar a pesquisa, cada capítulo contribui para um entendimento mais profundo da construção da identidade na era digital. Conclui-se que a interação digital, através de redes sociais e realidade virtual, tem um impacto significativo na reconfiguração do self. Essa influência é impactante, afetando a maneira como os indivíduos percebem e apresentam suas identidades, interagem socialmente e experimentam seu próprio bem-estar mental. A pesquisa sustenta a hipótese inicial, enfatizando a necessidade de uma compreensão mais aprofundada dos efeitos psicológicos das interações digitais, guiada por uma abordagem psicanalítica informada pela teoria da complexidade e perspectivas humanistas.