O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por condições que incluem comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, bem como por um restrito interesse e atividades que são únicas para o indivíduo e este necessita de adaptações eficazes para que o processo de aprendizagem ocorra de forma efetiva. O objetivo deste estudo foi analisar, sob a perspectiva de um estudante com TEA, matriculado no Curso de Ciências Biológicas do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Estadual do Ceará (UECE), as barreiras enfrentadas dentro da instituição, as abordagens pedagógicas adotadas e a receptividade por parte dos docentes. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, utilizando a entrevista como método de coleta de dados. Os resultados indicaram que o estudante enfrenta desafios relacionados ao estigma, à falta de compreensão do diagnóstico por parte dos docentes e às dificuldades inerentes ao TEA. Ele expressou preferência por não utilizar tecnologias para estudar e demonstrou preferência por questionários como método para revisar e reforçar o conteúdo estudado. Esses achados destacam a importância de ampliar a participação e a voz dos alunos com TEA, visando criar um ambiente acadêmico mais inclusivo e, consequentemente, reduzir a taxa de evasão desses estudantes na universidade. É crucial realizar pesquisas mais amplas e qualitativas para entender melhor essa questão.