Artigo Anais do X Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

AVALIAÇÃO DA/PARA APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: ENTRE DIÁLOGOS E TENSÕES

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

Discutir avaliação não é simples, uma vez que vários docentes possuem crenças e hábitos sobre o ato de avaliar que fazem com que permaneçam na zona de conforto, dificultando a reflexão sobre práticas avaliativas em diálogo com as demandas da atualidade. Desse modo, a formação continuada, essencial para o desenvolvimento profissional da docência, necessita trazer uma visão crítica sobre as práticas avaliativas e, ao mesmo tempo, propor atividades práticas que auxiliem os docentes a (re)pensarem suas práticas nos contextos profissionais que se inserem. Partindo destas premissas, foi elaborado e oferecido um curso de formação continuada intitulado “Avaliação da/para a aprendizagem: que caminhos estamos trilhando?” voltado para docentes do IFSuldeMinas – Campus Muzambinho – atuantes em cursos técnicos integrados e no Ensino Superior. O curso abordou definições teóricas sobre a avaliação apoiadas em pesquisadores da área como Cipriano Luckesi e Celso de Vasconcelos. Além disso, foram discutidas sobre questões que perpassam as vivências avaliativas dos docentes, com atividade prática focada em casos de ensino envolvendo avaliação. Com o auxílio da pesquisa qualitativa, que busca considerar as múltiplas narrativas que emergem dos contextos investigativos, os casos de ensino trabalhados pelos docentes propiciaram uma discussão crítica sobre a avaliação que nos permitem traçar caminhos sobre a avaliação da/para a aprendizagem desenvolvida pela instituição. É notável a dificuldade em colocar em prática os discursos explanados no desenvolvimento dos casos, demonstrando a necessidade de um acompanhamento pormenorizado sobre as propostas avaliativas. Em contrapartida, os docentes se mostraram receptivos com a temática discutida, mas apresentam fragilidades formativas que englobam aspectos epistemológicos, sociológicos e filosóficos sobre a avaliação, o que carece de mais capacitações. Essa fragilidade é maximizada quando analisados os discursos de docentes de áreas mais técnicas, que ainda estão vinculados a uma avaliação mecanicista e ancorada na memorização.

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