Estudar obras de escrita feminina que versam a Amazônia é uma tarefa intelectual de muitos desafios. Dentre eles, destacamos um cenário de pouco movimento de interesses entre os estudiosos do pensamento social e literário na região, além da fugaz construção de identidades dos trabalhos já existentes que procuram compreendê-la pelo olhar do feminino. Embora as investigações sobre o pensamento social na Amazônia possua uma importante expressividade de trabalhos, esses ainda se pautam pela investigação de intérpretes e literatos masculinos. O presente trabalho procurará apontar as primeiras incursões nas obras memorialísticas de Sylvia Aranha de Oliveira Ribeiro (1930) na tentativa de elegê-la como “uma intérprete inaugural” da região (BASTOS e PINTO, 2007). Nosso intento maior será o de trilhar alguns caminhos de interpretação em vista de irmos compondo referências e instrumentos interpretativos que nos permitam adensar o olhar sobre os trabalhos da referida autora sobre a Amazônia.