Atualmente, as questões relacionadas à problemática do HIV/AIDS ganham grandes proporções no cenário científico e na formulação de políticas de Estado ligadas ao tema, no que se refere à prevenção, tratamento e uma possível cura da doença. Este estudo teve como objetivo identificar qual impacto da política de prevenção contra o HIV a partir de um olhar voltado para o fenômeno da feminização da doença, como a percepção das mulheres que vivem com HIV/AIDS frente aos instrumentos que lhes são oferecidos, no caso, o preservativo feminino e o masculino. O estudo foi realizado com 20 mulheres com idade entre 18 e 60 anos, atendidas pelo Serviço de Assistência Especializado Materno Infantil (SAE/MI), localizado no Hospital Universitário Lauro Wanderley, João Pessoa-PB. Como procedimento metodológico, utilizamos a pesquisa qualitativa, através de levantamento bibliográfico e entrevistas semi-estruturadas, que foram submetidas à técnica de Análise de Conteúdo. Os resultados evidenciaram que mesmo após um avanço notório nas ações voltadas para a problemática da prevenção, após a doença ganhado novos moldes e novas proporções com o passar das décadas, a exemplo da feminização do contágio, a política de prevenção e seus mecanismos deixam a desejar no que se refere à uma adesão sistemática do público feminino na utilização do principal instrumento contra a infecção, os preservativos. Consideramos este estudo um instrumento que gera provocação no que tange à área social e de saúde, que nos permite lançar um olhar aprofundado acerca das políticas que estão sendo formuladas e os seus impactos no cotidiano das pessoas.