A proposta do artigo ora apresentado é traçar um breve histórico do acesso feminino à educação no Brasil, problematizando sobre o processo que culminou com a chamada feminização do magistério. As perspectivas sociais para as mulheres moldaram os currículos escolares nos primórdios da formação do Estado Nacional brasileiro, que no âmbito da legislação definia paulatinamente os papeis de gênero. Entende-se que através da análise sócio histórica é possível compreender os fundamentos definidores das diferenças de gênero nas sociedades ocidentais cristãs. Do acesso à instrução básica à lei que permitiu as mulheres brasileiras à frequentarem o ensino superior, é possível perceber que a educação foi importante elemento para a construção das diferenças, mas também componente fundamental para emancipação feminina.