O processo saúde-doença é determinado por diversos fatores, tais como: moradia, renda, hábitos de vida, bem como a qualidade da convivência que se dão entre mulheres e homens, mulheres e mulheres, homens e homens, portanto, entre e intragêneros. Assim, a articulação saúde-gênero é mais do que oportuna, compondo uma das dimensões organizadoras das relações sociais que produz desigualdades, então as políticas públicas de saúde devem ter vistas à promoção da equidade de gênero. Neste estudo pretende-se discutir acerca da avaliação dos serviços de saúde sob a ótica de indicadores de gênero. Para tanto, realizou-se um estudo teórico de natureza reflexiva. Adotou-se como subsídios a literatura relacionada à gênero, saúde, avaliação e indicadores de gênero. Nesta direção, a estruturação dos resultados se compões em duas categorias: a primeira, Gênero: uma abordagem necessária na compreensão dos determinantes do processo saúde/doença/cuidado; e os Indicadores de gênero: ampliando a avaliação aos serviços de saúde. Entende-se que o início das discussões, o surgimento de propostas construtoras e norteadoras de indicadores de gênero e a adoção desses dados para avaliar os serviços de saúde por certos países constituem avanços, compreendendo que as relações desiguais de gênero são vivenciadas rotineiramente e geram prejuízos à saúde das pessoas. Todavia, precisa-se de mais investimentos em pesquisas, estudos e sensibilização das(os) gestoras(es), profissionais de saúde e usuárias(os) na compreensão de que a categoria gênero é um caminho na busca de melhorias organizacionais e qualidade dos serviços de saúde.